Preciso contar uma coisa...

Tive um companheirinho maravilhoso em 2017... o PIC. Ganhei ele filhotão em fevereiro e criei solto em meu apartamento. Ele aprendeu a voar, a comer sozinho; foi se acostumando comigo, me fez compania, me acalmou muitas vezes e alegrou meus dias. Com o passar do tempo escolheu seus puleiros e brinquedos na casa, bem como seu cantinho preferido para dormir: um móbile que ganhei da Helô. Com o tempo só ia para a gaiola vez em quando e quando eu precisava viajar, para passar uns dias com meus sobrinhos ou minha mãe.
Era maravilhoso acordar de manhã com ele cantando e brincando.  Foram 10 meses mágicos. Saudades...
Como ele era livre, uma madrugada resolveu ganhar o mundo. Deve andar por aí fazendo aventuras, dormindo em árvores, tomando banho de chuva. Ganhou céu aberto, como ele tanto gostava. Vida de passarinho solto e livre enfim.

Tem uma estória do Pic que preciso contar. Ele costumava conversar com outros periquitos pela janela da minha cozinha, eu não havia identificado de onde eles eram mas a prosa rolava todos os dias no último mês. Quando ele foi embora procurei por toda a vizinhança. Atrás do meu prédio funcionam duas escolinhas infantis cujo pátio dos fundos é repleto de árvores, ele só poderia ter ido pra lá... Fui lá conversar e deixar foto com meu telefone caso alguém visse um periquito por ali e eis que nas duas escolinhas ouvi a mesma estória." Tínhamos um viveiro de periquitos aqui mas as crianças abriram a gaiola e todos fugiram". Foi um complô? Uma fuga organizada? Como não sei exatamente o que aconteceu com o Pic, gosto de imaginar que ele anda solto por aí com um bando de periquitos australianos. Quem sabe até arranjou uma namorada...

2017...

Pois então... a nítida sensação que tenho de 2017 é que andei na forja. Forja sabe? Pra fazer espadas... metal no fogo, metal na bigorna, martela martela martela, volta pro fogo, bigorna, água pra não quebrar e esfriar um pouco...
Grandes aprendizados de: força, resiliência, enxergar com outros olhos, me conhecer, ver o real valor das coisas e de mim mesma, valorizar o que é real, o que é realmente importante. Espero que tenha aprendido. Me sinto quase lá, quase uma "katana". Pretensão e modéstia à parte, retomei a meditação e isto já foi muito.
Bom, no segundo semestre parti para: coaching, cursos, meditação, livros e artigos, amigos e amigas (aliás amigos são tudo nesta vida) e isto foi muito bom. Aí a vida foi aos poucos reflorescendo e o trabalho refluindo.
Fiz trabalhos legais ainda no segundo semestre, mas isto é matéria para outro post.
Bom, estou retomando o blog pois, afinal de contas, é meu portfólio virtual. Bom...