quarta-feira, 21 de março de 2012

Em minhas muitas vidas...

Em minhas muitas vidas hei de te perseguir, em sucessivas mortes hei de te chamar. Esse teu ser sem nome.
Hoje te canto e depois no pó que hei de ser te cantarei de novo
e tantas vidas terei para o meu amanhecer.
Por que vives de mim sem nome?
E vivo porque sei de ti a tua fome.
Se te pertenço, separo-me de mim, perco meu passado nos caminhos de terra.
Se te pertenço, separo-me de mim, perco a luz e o nome.
E é por isso, por perder o mundo separo-me de mim sentindo-me aliviado
E de ti ser sem nome não desejo alívio,
talvez assim me ames: desnudo até o osso,
porque vem apenas de mim esse desejo de te tocar o espírito, que me faz esquecer que sou apenas vício.
Vem de mim sem nome, e vem de ti o obscuro...toda a cintilância que jamais me busca.
Vem de mim sem nome... e vem de ti o obscuro...toda a ciltilância que jamais me busca...
"Hilda Hist" (adaptado)